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Histórias, Crônicas, reflexões e muitos casos verídicos serão relatados por aqui. Fiquem ligados!!!

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Inércia ou crítica?

Não fale nada, não faça nada e não mostre nada, desse jeito não será criticado. Quem se expõe corre o risco de elogios ou críticas. Agora cuidado! Saber aceitar críticas é uma grande virtude. Só demos valorizar a crítica inteligente, fundamentada, aquela crítica feita por alguém isento de emoções dúbias. Tem o invejoso, o frustrado e indolente, esses a gente não liga, crítica desse tipo de gente não tem valor algum, não tem a capacidade de estragar seu dia, a sua obra. Crítico bom é aquele que sabe o que está falando, já vivenciou algo parecido, já foi criticado. Crítica é interessante, coloca a gente com os pés no chão, brota a humildade, rouba a arrogância e iguala os homens. Faça nove coisas excelentes  faça uma razoável e seu mundo desabará, irá receber críticas até da sua mãe, somos assim críticos em último grau. Somos invejosos, no fundo não admitimos ser preteridos, é mais fácil criticar do que elogiar, para uns elogiar é humilhar-se. Quando nos elogiam não damos tanta importância, quando nos criticam buscamos saber quem é, o CPF, o endereço, a vida social, está pensando o que? As críticas relevantes e verdadeiras são melhores que elogios mentirosos, fazem a gente crescer.



quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Que decepção!

Que decepção, não esperava isso dele! Nossa, ela fez isso? Estou decepcionada... Não espere nada de alguém, só assim não terás decepções. Temos que agir de maneira altruísta, livres e leves, não espere trocas, cada um dará o que pode. Tem gente que dará sorrisos, outros lágrimas e outros ainda a indiferença. Decepção vem do latim - Deceptio- engano, desilusão. Ilusão a gente que faz. Colocamos na pessoa uma luz que talvez ela não tenha. A gente cria expectativas no outro que coitado as vezes nem sabe disso. Cada um se decepciona de um jeito: um grito, um palavrão, um desleixo, uma mentira, somos seres decepcionantes e decepcionados, esperamos muito dos outros e oferecemos muito pouco. Vamos aprender a não esperar nada de alguém, assim fica mais fácil viver bem e sem decepções. Sejamos livres e leves!



sábado, 15 de outubro de 2016

Homem menino

Um dia fui menino, e como todo menino tinha sonhos, lembro de quase todos, alguns realizei, outros esqueci. Dia desses por algum descuido voltei a casa que passei boa parte da minha infância. Achei a casa tão pequena, o teto baixo, a cozinha apertada, na minha memória a casa era enorme. Criei coragem e fui até o quarto que dividia com meu irmão, sentei na ponta de uma cama que não era mais minha e por instante escutei o barulho das panelas da minha mãe, a voz do meu pai pedindo para pegar um copo dágua e meus amigos gritando meu nome para ir jogar bola. Fui até a janela e o gramado que achava imenso se resumia em um quadrado não maior que uma quadra poliesportiva, os espaços não eram tão grandes e distantes como imaginava. Voltei até a sala e vi  quanto  o espaço era perfeito somente para um sofá de dois lugares, uma poltrona e uma estante baixinha. Antes de sair lembrei como meus pais eram altos, trinta e cinco anos depois minha percepção do mundo é real, aquele mundo virtual infantil ainda existe aqui dentro porque o melhor da infância jamais morrerá, cresci e me tornei homem menino, hoje sou do tamanho dos meus sonhos e tenho certeza que meus pais sempre serão mais altos do que eu...



terça-feira, 11 de outubro de 2016

E aí o que fez de útil?

Um dia todos morreremos, certeza absoluta.  Vamos supor que realmente exista o juízo final, o momento que iremos para o céu, inferno ou umbral.  Entraremos em uma sala de cinema de última geração, cadeiras reclináveis, telão de LED, pipoquinha e do seu lado o santo da sua preferência com uma prancheta, opa, prancheta não, um ipad com todo seu currículo desde da bolsa escrotal do seu pai , passando pelo útero da sua mãe até sua morte. O filme da sua vida começará. Fui um bom filho, mas chutava o cachorro da vizinha; nunca repetir de ano ou fiquei de recuperação no colégio, mas colava direto; as professoras me adoravam, mas manipulava as amizades e fazia distinções a quem me interessava; filha querida, perfeita,mas não tinha paciência com avó doente e demente; na adolescência era casta, meiga, a filha exemplar, mas fazia fofoca, criticava o jeito daquela menina mais atirada, mentia para meus pais; quando adulto clamava por elogios em ser o melhor fingindo humildade, mas adorava refletores, não suportava críticas, criticava os colegas de profissão pelas costas, ninguém poderia ser melhor que eu; excelente marido, mas frequentava casa de massagens; o genro maravilhoso mas torcia para os sogros não aparecerem na sua casa; no trabalho o grande profissional, em casa um jumento impaciente; nos papos entre casais amigos era simpático, carinhoso, atencioso e cabeça aberta, com a esposa e filhos, impacientemente, nervoso, hipócrita e preconceituoso; nas reuniões sociais é uma simpatia, mas critica a gordinha, fala mal da amiga solteira, esculhamba o amigo gay, mete o pau nos filhos dos amigos de trabalho e a vizinha é piranha; mas Deus é tolerante e justo. Aí a grande pergunta final feita pelo o santo do seu lado: o que você fez de útil, de relevante?
Alguns irão gaguejar, outros abaixarão  a cabeça, pouquíssimos darão a resposta para a liberdade do paraíso... Pensando bem, é melhor não ter esse negócio de vida pós morte, não teria lugar para tanta gente no umbral ou no inferno, até porque o paraíso seria vazio e sem graça, "a razão é fria, os pecados são quentes". Melhor tentar viver bem aqui e agora, quando morrer a gente descobrirá o que tem do outro lado ou não. Já deu aquele abraço gostoso, sorriso sincero ou mandou uma mensagem para aquela pessoa especial? Isso é bônus para o juízo final. Vai que esse troço existe...