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Histórias, Crônicas, reflexões e muitos casos verídicos serão relatados por aqui. Fiquem ligados!!!

domingo, 31 de janeiro de 2016

Acabaram com a paquera!

Acabou a coincidência da conquista, da paquera. Já não pertenço mais a essa geração, ontem fiquei sabendo sobre aplicativos de encontro. Simples, rápido e fácil. Relações descartáveis. Sexo fast food. Duvido muito de uma relação desse tipo dar certo, claro que deve existir exceções a regra, mas pouco provável. Bom era na nossa época ( para aqueles acima dos quarentinhas)! A gente trocava olhares, falava umas gracinhas, aí depois levava para comer uma pizza, um chopinho. Depois ainda rolava uns telefonemas e mais gracinhas. Claro que existia relações mais atrevidas, mas eram raríssimas. Nessa brincadeira de dá e esconde, levava por baixo umas três semanas se o malandro fosse bom papo. Hoje é olhar no aplicativo, marcar um coração, mandar um: é aí tudo bem? E aguardar... Rapidamente já recebe um coração de volta e um: e aí qual a boa? Boa? É marcar em qualquer lugar público,  boteco, praia, praça, shopping, floresta, sei lá qualquer lugar. Chegou, gostou, não ser idiota, ser direto e falar seis palavras chaves: na minha ou na sua casa? Pronto, fatura certa. Assustador! Aí todo mundo faz aquele discurso: poxa não encontro uma pessoal legal... Irá encontrar como? Não conversam, não observam, não olham nos olhos, não tem paciência, quanto mais melhor. De repente duas pessoas maravilhosas mas ambas armadas e desconfiadas. Era tão bom conhecer na fila do banco, no clube, amiga da amiga, no petshop, na sala de espera do consultório do dentista... Ficou tudo fugaz e descartável demais. Como diz a molecada: lavou, tá limpo! Acho que estou envelhecendo, quando começamos a dizer que bom era em nosso tempo é um sinal que não acompanhamos o novo, e quem não acompanha o novo? Envelhece. Estranho esse novo! Aproxima e afasta ao mesmo tempo... É aí está de bobeira, qual a boa de hoje?


sábado, 30 de janeiro de 2016

Pessoas boas existem

Vítima da vida? Duvido muito. Sofrimento é escolha. Todo mundo irá ter uma decepção, um susto, um conflito, a dor é inevitável. Você se machucará e machucará alguém, mas ficar remoendo dor? Aí é masoquismo. Vitimizar a vida é encolher-se na sua dor, seja honesto com você, deixe doer, depois passa. Mágoa apodrece seus dias, carregar esse sentimento rouba as novas alegrias. Pessoas e oportunidades boas surgem o tempo todo em nosso caminho, é momento de recomeçar. Tem gente que vive para reclamar, tudo está ruim e difícil. Pessoas assim acabam sozinhas mesmo cercado de gente. Claro que não seremos ingênuos nem tão humildes, seremos lúcidos, ver a vida com o sentimento que tudo passa, tudo flui, não há mal ou bem que perdure para sempre. Perdoe e peça desculpas talvez seja o modo mais fácil de tentar viver uma vida plena.


sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Calcanhar rachado

Quero encontrar um amor! Você se ama? Essa deveria ser a pergunta chave para quem busca um amor. Impossível ser amada se em você não tiver a essência de sentimento tão nobre. Amar é cuidar-se, amor é feito de energia boa da auto estima. Algumas pessoas só relacionam-se com canalhas, cafajestes, vagabundos. Ficam em uma relação fadada ao fracasso e triste. Mas de quem é a culpa? A culpa sempre é do outro nunca nossa. Fui traído? A culpa é daquela sem vergonha. Aquele canalha saiu com outra! E você continua repetindo os mesmos erros. Menos valia! Quando a gente começa uma relação, a gente se cuida, veste a melhor roupa, penteia o cabelo, usa cuequinha nova, depilação a cera, tem paciência, é o momento da conquista. Depois o tempo passa, aí tudo incomoda, sexo quente em casa? Só se colocar fogo no canal de TV para adultos. Impaciência reina, conflitos diretos, quase confrontos. A vida a dois é difícil, cansativa e por vezes morna, a rotina. Rotina é uma coisa, desdém ao parceiro é outra coisa. Desdenhar aquele que um dia foi seu amor é abdicar de acordar bem. Casamento é um jogo constante de cartas variadas, as vezes você tem de arriscar, modificar. Perder? Talvez.
Talvez você até já tenha encontrado um amor e deixou fugir por entre os dedos. Fique atento ao perceber a distância, respostas monossilábicas, desleixos e a mesmice. Calcanhar arranhando a sua perna enquanto dorme é sinal de que  o amor foi embora. Por que se você ama não custa nada seu parceiro ou parceira passar um creminho ou usar meias para evitar as ranhuras no coração via calcanhar. Fique atento se perceber os três pontos cardiais do desleixo matrimonial, para elas: calcanhar rachado, cabelo no mamilo, calcinha cor nude na noite de sexta feira;  para eles: cueca furada embaixo do saco, cabelos saindo pelas narinas e frieiras. Quem não se ama não pode ofertar amor!



quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Amor ou sexo!

Sempre escutei em  rodas de amigos que sexo é sexo, amor é amor. Para nós machões predadores seria como água e vinho, não se misturam. Aí a gente vai amadurecendo, acha que faz um bom sexo, quanto maior a quantidade melhor. Até você se apaixona , quem já fez sexo apaixonado sabe o que é isso. Uma força carnal exponencial capaz das maiores loucuras. O melhor do sexo apaixonado não é durante, é quando acaba. Vontade de ficar alí quietinho, abraçadinho e conjugando o mesmo ritmo da respiração. Sexo por sexo é bom, claro, a carne precisa de calmaria, mas o vazio do final do prazer é fisiológico, igual almoçar um prato feito de má qualidade, mata a fome mas não descansa a alma da plenitude. Rita Lee e Arnaldo Jabour já musicaram o tema, as feministas defendem o sexo livre, os machões querem o sexo livre. Será? Tem coisa melhor que ficar de conchinha e sentir o cheiro da pessoa que você ama sem pressa de levantar da cama? Ou depois do sexo ir juntos até a cozinha e tomar sorvete de madrugada? Sexo e amor combinarão sempre! Ah, ia esquecendo que no sexo seu corpo está presente, a cabeça nem sempre. No amor você está alí pleno, total, brigando contra o tempo para no final dizer te amo, sem estar ereto ou molhada. O eu te amo da alma!





Gostar de longe é mais fácil

"Amar a humanidade é fácil, difícil é amar o próximo". Li essa frase há duas semanas e não consigo esquece-la. A gente tem a mania de considerar mais os estranhos do que aqueles  que estão tão pertinho. A chora pelo os refugiados, pelos franceses, pelos massacres no oriente médio. Louvável, mas nada prático. A gente grita pela igualdade racial, de gênero e de liberdade democrática, bacana o discurso. Mas aqueles que estão ali tão pertinho da gente? As vezes a gente não olha para o lado da cama, para o quarto ao lado, para o sofá velho da sala, talvez ali estejam as pessoas mais importantes da nossa vida. Nossa paciência é zero, a gente ama a humanidade, mas aquela vó já doente e que usa fralda é um fardo. O filho levado é um saco, a gente chega em casa cansado e ainda tem que aturar a esposa reclamando que a empregada queimou o feijão. A gente não se comove com as pequenas desgraças do nosso teto, todavia choramos pela humanidade. Você porcamente cumprimenta seu vizinho, se o elevador chega você rapidamente fecha a porta, não quer conversar com ninguém. Mas se revolta com a Grécia que não permite a entrada de refugiados em seu território. Você acha um absurdo os hotéis cinco estrelas delimitar território na praia para seus hóspedes, mas se algum convidado usa a piscina do seu condômino, você rapidamente interfona para a síndica. Amar a humanidade é fácil, não há comprometimento real, quero ver você amar aquele seu cunhado encostado e peidão que nunca deu certo em nada e que para sua sogra é a eterna vítima do sistema. A frase que abre esse texto só poderia ser do genial: Nelson Rodrigues!
E aí, amanhã dará bom dia ao porteiro do seu prédio?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Andarilho

A gente sorrir, chora, cai, levanta, rasteja, salta, xinga, pede desculpas, nega, implora, duvida, tem certezas... Somos inconstantes e ignorantes. Ainda bem que somos assim. As vezes parece que o caminho é longo, cansativo e repetitivo. Melhor ter caminho do que criar limo parado na esquina da vida que não começou, e não começou por não quis. Tem gente que prefere ficar reclamando e criticando. Para esses a vida será uma eterna agonia. Lembrando que vamos perder, ganhar e até empatar, não podemos parar de jogar o jogo da vida. As vezes a gente aposta e ganha. Não há história só com alegria, prefiro uma derrota honesta do que uma vitória mentirosa e forjada. Ande no caminho da razão mas  dê uma fugida vez em quando da lucidez, mas tenha a capacidade de voltar são e salvo. Alimente sonhos, faça sonhos, não acredite no impossível. Seja referência da sua vida, não espere auto ajuda em livros, tratados e palestras, taí dentro de você. A vida está esperando a sua grande resposta! Depende de quem? Seja andarilho, melhor do que ficar parado na estrada esperando o nada.



terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Mães e Férias

Meus amigos mais imundos me chamam de sonso pelo simples fato de tentar escrever elogiando as mulheres, melhor as grandes mulheres e mães, argumento que é o mínimo que posso fazer como forma de gratidão. Olhem só! Férias escolares, alegria para os pequenos, desespero para as mães, os pais na sua maioria não está nem aí. Mãe que trabalha então? Enlouquece. Primeiro que tudo é uma fortuna, ver o patinho nadando no parque da cidade sai por no mínimo cinqüenta pratas, estacionamento, pipoca e refrigerante para o filho e o amiguinho, isso quando mãe leva, se for avó que vai de táxi chega a cem pratas mais a confusão com a vó, com ela pode tudo. Colônia de férias é metade do mensalidade da escola! Mas como deixar o filho em casa a semana toda? O filho fica em casa quicando, se bobear coloca fogo no prédio. Aí tem os melhores amigos do colégio... Futebol no clube, no playground fatalmente alguém se machuca, normal. A esposa está com tique nervoso na pálpebra, qualquer pergunta que você faz é respondida com berro. As férias continuam, para você pai tudo normal. Trabalho, whatssap bombando com vídeos e fotos da mulherada enviados pelo os amigos, você é um santo, nunca envia só recebe. E a esposa lá, prepara almoço, deixa a filha na casa de um amiguinho ou na colônia de férias, vai ao trabalho , depois ao mercado, busca a filha e leva para casa. Aí chega o maridão cheio de más intenções, incapaz de colocar a roupa suja na máquina, de esquentar o jantar, de tirar a mesa e muito menos lavar a louça... Lá pelas onze e quarenta e três da noite o filho sossega, a esposa exausta finalmente consegue sentar no sofá e olhar o celular. O marido deitado no outro sofá em processo de flatulência e usando aquele pijama velho. Quando a esposa pensa em tomar banho ele pede:
- amor ainda tem sorvete? Pega um pouquinho para mim. Que está um calor danado. E lá vai ela rumo ao congelador, correndo o risco de contrair paralisia facial!
Todo mundo já quieto na cama o sujeitinho ainda pensa em imundície, começa a enroscar nas coxas da esposa e ela na preguiça danada diz:
- amor estou exausta.
E o babaca responde:
- fica quietinha que faço tudo.
Que coisa mais mórbida.
Cedinho o safado acorda cheio de desejo e parte para cima da esposa sonada e irritada pela pouca noite de bom sono, nega o siricutico, o marido com raiva reclama:
- má vontade danada.
E começa tudo de novo...


Entrevista sobre o livro No fio da vida

http://postandotrechos.blogspot.com.br/2016/01/postandotrechos-entrevista-autor-paulo.html?m=1

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Decepção? Só para aqueles que admiramos

Que decepção! Quem nunca disse ou sentiu isso? Quem convive em sociedade é claro que já sentiu o gosto amargo da decepção que é prima muito próxima da traição. Ficamos decepcionados apenas com aqueles que fazem parte do nosso íntimo, isso é evidente ou deveria ser. Esquecemos que somos passíveis de erros e incoerências, é claro que deveria existir uma ética da boa convivência e respeito, mas a ética começa onde termina a necessidade. Não espere tudo de alguém e nem ofereça tudo a alguém, somos passíveis a sofrer e causar decepções. O importante é não guardar rancor, não digo esquecer, mas não alimentar a decepção, se afaste, se cale, não beba no fel da amargura. Liberte-se da frustração do outro, as vezes o outro é tão pequeno que só consegue decepcionar. Valorize quem vale a pena, não atribua a sua felicidade aos miseráveis de alma. Facilite a vida, para cada raiva sentida são cinco sorrisos perdidos. Simples e sem expectativa ao outro, esse talvez seja o caminho mais curto para a boa convivência.

sábado, 16 de janeiro de 2016

Inveja, triste pecado capital

Inveja, quem nunca sentiu? E cobiça? Tem diferença... Cobiça é desejar aquilo que o outro possui, isso é até normal, todos nós um dia já sentimos isso. E inveja? Inveja é sofrer com a vitória alheia, não aceitar alegria do próximo. Invejar é adoecer pela vitória do outro. O invejoso é um doente triste, muito triste. O grande historiador brasileiro Leandro Karnal fala muito bem sobre assunto,é só procurar em sites relacionados. Cobiçar é normal, invejar é pecado, pecado em sofrer por alguém melhor que a gente. Quando mais próximo maior a inveja, ninguém inveja Mozart, invejamos o vizinho, o chefe, o colega em destaque, logo fazemos comentários perniciosos do tipo: claro ele é amigo de fulano; se fosse eu seria muito melhor; não sabe nada caiu de para quedas. A inveja consome, maltrata a alma do invejoso, tira o sono, o invejoso fica parado no meio do caminho, não produz, não cresce, apenas sucumbi ao próprio veneno da inveja. Esse sentimento tão nefasto e triste é comum aos incompetentes e infelizes, desconfie daquele que sempre critica, fala mal, ironiza e nunca elogia. Afaste de invejosos, como reconhecer um invejoso? Fácil, é um resmungão triste, nunca elogia ninguém e é sempre uma vítima da vida. Cobiçar é normal, invejar é doença!

Alegria da Amizade

Não poderia escrever o primeiro texto no blog se não fosse algo relacionado a gratidão. Gratidão remete a amigos, amizade. Quem tem amigos nunca está sozinho. Amizade é um dos grandes sentimentos, ser amigo é ser nobre, sincero, cúmplice, torcer pela vitória do amigo, ser transparente e ser manter criança mesmo sendo adulto com suas neuras e desconfianças. Pais, irmãos, filhos, tios, esposas, maridos podem e devem ser amigos, aqueles que irão abraçar para proteger nas dificuldades, que irão sorrir juntos nas histórias mais sacanas, que emprestarão os ombros para apoiar e secar nossas lágrimas. Amigo é assim, a mesma alma em vários corpos, Aristóteles tinha razão. Há amigos para várias circunstâncias, as vezes a gente quer unificar o amigo em nossas várias vertentes, e aí talvez seja nosso erro. Para cada situação existe um amigo, e nem por isso decresce a amizade. Têm amigos para bagunça, trabalho, alegria, dor, viagem, porque antes de ser amigo todos nós somos pessoas, e pessoas não são boas e perfeitas em tudo. Amigo é isso, cuidar para não ferir e torcer para alegrar. Gratidão é o melhor presente aos grandes amigos!