Solidão, triste palavra? Depende. Solidão por escolha é gostoso, solidão por imposição da vida é triste, muito triste. Você escolhe o caminho da solidão ou da amizade. Ter alguém especial ao lado é sinal de amizade, e ser amigo é cultivar o carinho da relação. Pessoas verdadeiras demais, assim se auto intitulam, tende a ficar sozinhas, ninguém aguenta o dono da verdade, o chato. Conviver bem é difícil, por vezes temos que relevar, calar e respirar profundo para não explodir. Explosão as vezes rasga o coração de quem explode e quem está ao lado. Agora é fácil, somos novos, bonitos e saudáveis, mas daqui uns vinte, trinta anos? Quem irá limpar sua urina, quem dará o ombro para você levantar, quem escutará suas histórias repetidas? Temos que valorizar os amigos, sorrir, abraçar. Hoje escutei um rapaz reclamando que a namorada tinha terminado o namoro alegando que ele era muito chato, ele argumentou com o amigo: - sou verdadeiro, falo na cara, era um namoro de cinqüenta meses... Pensei esse cara deve ser muito chato, ninguém fala namoro de cinqüenta meses! Ele estava tristonho e choramingando arrependido do término. E o amigo ainda disse: mas você é chato mesmo! O chato ou a chata ficará sozinho(a). Deve ser muito triste não ter um amigo para chorar ou sorrir junto! Ainda há tempo para se esforçar em ser gentil, carinhoso, atento, ouvinte... Ou vai querer acabar solitário?
Sobre
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016
terça-feira, 23 de fevereiro de 2016
Longe do ninho
" somos pássaro novo, longe do ninho..." Renato Russo na sua genialidade inquietante já cantava nossos medos ao novo, ao desconhecido. Têm dias que queremos ficar quietos, calados, sozinhos com nossos pensamentos, há outros dias que queremos falar, exibir, mostrar... Somos inconstantes, ainda bem, já pensou a mesmice? Desconfio muito de pessoas lineares, retas, frias e caladas demais. Também ser verborrágico, inconveniente é muito chato e ninguém agüenta. Bom é saber ouvir e conversar o necessário, as vezes com amigos vale a pena arriscar o desnecessário, conversa vadia. O que não podemos é ter medo, ou melhor, medos devemos ter, não devemos paralisar pelo medo, tentar voar para longe do ninho, se expôr, falar, ser visto de maneira sóbria e alegre, não deixar que falem por você. Voar com as próprias asas, levar sustos, cair, levantar, fazer o coração disparar... Isso é viver, lembrando que haverá dias ruins, dias bons, dias excelentes, nunca dias normais, não acredite em dias normais! Enquanto a morte não vem, sempre haverá o dia da mudança, o dia para dar um bico na mesmice. Pior que o medo de voar e não tentar bater as asas... Síndrome do ninho cheio, não culpe seus pais por seus medos, culpe a você pela falta de coragem de se jogar para vida... " são crianças como você, o que você vai ser quando você crescer?" Renato Russo cantou também! Acho que estou saudoso!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Quero o amor das Ararinhas Azuis!
Ontem foi separação, hoje é amor. Assim é a impermanência da vida. Escrever de amor é tão bom, alguns acham brega e cafona; outros acham bonito, doce. Aos primeiros talvez falte ter vivido um grande amor de verdade, verdaderíssimo (como diz minha filha). Pessoa amarga, quase sempre, passou em branco nesse quesito. Acredito que só se ame uma vez nessa vida. É como as ararinhas azuis, único par por toda eternidade. O mesmo vôo rasgando e bailando o céu. Do que adianta ser o leão, o rei da selva, se as leoas fingem que lhe ama em troca de proteção, basta chegar um leão mais novo e forte que você dança? A gente ama uma vez, repetindo, ser cúmplice, amigo, amante, protetor em um homem só é difícil. Não seria possível repetir essa intensidade novamente. Paixonites e amoricos qualquer um tem a qualquer momento, amor não. Amar é compactuar sonhos, e tentar tatuar um sorriso gostoso no rosto da pessoa amada, é olhar na mesma direção e andar ao lado. No amor, o sexo é um complemento gostoso, o ciúme doentio passa longe, os ouvidos estão atentos a qualquer soluço de dor, no amor a gente aprende a ser pequeno diante da grandiosidade da eternidade. Meus amigos mais sacanas e imundos com certeza vão dizer que sou quase boiola, uma ararinha azul, sem problemas, prefiro voar ao lado do amor do que rastejar nas planícies da solidão. Piegas? Talvez. Amor para sempre, aí terás vivido de verdade!
terça-feira, 16 de fevereiro de 2016
Acabou?
Separação, fim, acabou? Quem nunca passou por isso, desde adolescência a vida adulta? Dói, dói para quem termina, dói para quem é rejeitado. A dor da rejeição é terrível, você simplesmente foi descartado da vida do outro. Mas e daí? A vida continua. Melhor uma rejeição sincera do que um amor mentiroso. Vire e mexe fico sabendo que um casal amigo separou, e toda vez fico triste. Fico pensando o que levou ao término do encantamento, o que fez o amor escorrer por entre os dedos? Será que houve esforço suficiente para preservar o amor? Será que houve sacrifícios para valer esse amor? Será que houve abdicação para viver esse amor? Será que houve cumplicidade para manter esse amor? Perdurar o amor é difícil, é uma batalha de bom senso, carinho, respeito e atenção. As vezes esquecemos de escutar, falamos, brigamos e não escutamos. Chegamos ao final do ponto, xingamos. Xingar é agredir, muito próximo da agressão física. Auto lá! Agressão física é diferente, você pode cogitar. Mas lembre que o que dói no tapa na cara é o barulho, e não a mão tocando no rosto, a humilhação da agressão. Ter alguém ao lado é uma delícia, alguém para dizer te amo, mas te amo do nosso jeito, da nossa vida, dos nossos sonhos. Terei momentos egoístas sou humano, mas meus melhores momentos serão sempre ao seu lado. Quem já teve relacionamentos anteriores longos sabe o que é lutar por finais diferentes. Dá certo as vezes é sorte, triste é saber que não houve a mesma intensidade de luta do casal, ele lutou mais, ela fez pouco caso... Aí um dia um olha para o outro e diz: -acabou! Ele se levanta, pega suas duas malas e vai embora sem entender qual foi o momento em que tudo acabou... Alguém nunca é pego de surpresa, a gente sabe quando a relação acabou faz tempo, não vai embora por comodidade ou medo da solidão, que triste! Viver junto é uma partida de xadrez só não vale o xeque mate! s duas malas e vai embora sem entender qual foi o momento em que tudo acabou... Alguém nunca é pego de surpresa, a gente sabe quando a relação acabou faz tempo, não vai embora por comodidade ou medo da solidão, que triste! Viver junto é uma partida de xadrez só não vale o xeque mate!
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
Loucura Feliz, quem já não fez?
Loucura, quem nunca cometeu? Já cometi algumas, umas deixaram sequelas, outras passaram impunes. Loucura é uma forma de liberdade, pessoas tristes fazem loucuras perigosas, tenho medo das loucuras feitas com raiva e vingança. Loucura boa é aquela que você grita para o nada, que você não se importa com o olhar alheio, que você faz sexo sem regras de acordo com o parceiro é claro, que você não se escraviza com padrões... Louco é feliz. Não podemos passar nessa vida em branco, sem gritar, rir alto, falar besteira, amar e ser amado, temos que viver a loucura do dia a dia, não ficar preso em jaulas da mesmice. Todos os grandes bons loucos fizeram historia, Einstein na teoria da relatividade foi taxado de maluco; Galileu no heliocentrismo quase foi queimado vivo;Jesus Cristo ao surtar no mercado foi tido como possuído; Dostoiévski surtou; toda grande obra começa com a loucura do desconhecido, do inédito. Paulo Coelho já vendeu oitenta e três milhões de livros mundo afora, em 1988 era o maluco que queria ser escritor. Deixe a loucura vez ou outra ditar o caminho, é claro que a lucidez as vezes é necessária, a própria loucura de Deus é sabedoria diante dos olhos do homem isso está na bíblia, por que a gente mero mortal não pode de vez em quando dá uma de maluco? De repente a gente consegue modificar o mundo! " Mas louco é quem me diz, que é feliz, eu sou feliz... " Os Mutantes tinham razão!
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016
Deus existe?
Desculpem minha arrogância em comentar sobre filme, não tenho competência para tanto, mas esse filme é sensacional, lindo, poético, triste, alegre e é claro divino. O que você faria se soubesse exatamente o dia da sua morte? A gente nunca pensa nisso. Mas isso é nossa única certeza. Aquele abraço que não dei; aquela desculpas que não pedi; aquele sapo que não cuspi; o beijo que não roubei... Esse filme mostra a importância de viver bem, de saber que tudo é impermanente e muito rápido. Nossos julgamentos são mesquinhos e somos muito egoístas. Nossas lágrimas têm que fluir quando necessárias,elas possuem vida própria, não podem ser guardadas em potinhos de vidro! Lindo filme, divino... E Deus, quem é Deus? Talvez seja apenas um brincalhão jogando dados com a humanidade!